terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Wherever you will go - The Calling

Missing cap 8

 Mark

Já tinham se passado quase uma semana desde que o dia no patio e eu não conseguia tirar aquela menininha da minha cabeça. Era estranho porque já faziam quatro meses que ela estudava com a minha irmã e dois meses que frequentava minha casa quase todas as semanas. Eu a via passar todos os dias pela escola junto com a Anna e por que parecia que só agora eu realmente tinha enxergado-a? Era tão linda. Talvez a causa fosse meu namoro com a Paula que me mantinha preso e afastado da minha irmã na escola, mas agora que tinhamos terminado...
Resolvi levantar da cama e pegar um copo de leite, quem sabe isso me fizesse pegar no sono. Assim que saí do quarto ouvi risinhos vindo da varanda, minhas irmãs conversando?! Isso não era uma cena muito comum esses últimos meses. Fiquei feliz por ver. Esperei elas sairem da varanda e iram para seus respectivos  quartos, a conversa devia ser muito interessante, pois nenhuma das duas notou minha presença no corredor, segui pra cozinha, peguei o leite e voltei pro meu quarto.
- Mark... – ouvi Anna me chamar baixinho – ainda está acordado?
- Tô sim, meu anjo – disse sentando na cama e sorrindo para ela que estava parada na porta – pode entrar.
- Não tô conseguindo dormir – ela disse sentando na cama de frente pra mim.
- Quer conversar? – olhei para ela rindo e segurei suas mãos nas minhas, ela apenas balançou a cabeça em sinal de afirmação – Sobre ele?
Esperava uma afirmação, já que parecia que esse era o único assunto dentro da mente dela, porém recebi um gesto negativo dela, o que me causou uma surpresa muito grande que transpareceu na minha expressão, fazendo ela fechar a cara.
- Por que vocês acham que eu só penso nele? – ela disse brava.
- Porque é isso que acontece, talvez? – perguntei rindo para ela.
- Vai pra merda, Mark – ela respondeu contendo o riso para parecer brava.
- Sobre o que quer falar, minha estressadinha – disse puxando ela e abraçando-a
- Sobre você, sobre você e a Jullie pra ser mais exata. – ela disse enquanto se livrava do meu abraço e olhava nos meus olhos
- O que tem  eu e a Jullie? –perguntei desviando o rosto para não ter que olhar em seus olhos.
- Para de bancar o desentendido, Mark! – ela disse virando meu rosto para si novamente – Você sente algo pela Jullie?
Abri a boca para responder, mas antes que pudesse inventar qualquer desculpa, ela me  interrompeu.
- Não mente pra mim.
- Tudo bem, tudo bem – tentei achar as melhores palavras pra definir – eu não sei o que sinto por ela, mas desde aquele dia no patio, sua amiga não saiu mais da minha cabeça. Mas como você descobriu?
- Fala sério, né? Até a Grazielle percebeu os olhares de vocês dois – ela disse soltando uma gargalhada.
- Nossa, tá muito na cara mesmo, né? Pra Grazy reparar – dei um sorriso torto pra ela.
Ela bocejou e deitou no meu colo, resolvi não forçá-la a ir pro seu quarto e deixei-lhe adormecer enquanto acariciava seus cachos. Esperei seu sono se tornar profundo, levantei e a peguei no colo, levando-a para seu quarto. Coloquei-a na cama e puxei o edredom sobre seu corpo branco.
- Eu te amo muito, minha maninha chata – sussurrei dando-lhe um beijo na testa.
Saí do quarto sem fazer barulho e fui para o meu tentar dormir, demorou apenas algum minutos até eu finalmente pegar no sono.


ps: post um pouco atrasado devido a um pequeno problema [/burrice] minha =D by: Marina =D

sábado, 25 de dezembro de 2010

Missing cap 7

Graziella


Já era tarde da noite quando ouvi um chorinho baixo vindo da varanda do segundo andar, já conhecia aquele choro. Levantei da minha cama e fui andando até lá. Encontrei a cena que esperava. Annabele estava sentada no chão próxima sacada, com as pernas balançando pelo lado de fora, olhava pra Lua enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto branco. Ela estava tão absorva em seus pensamentos que nem me viu chegar. Sentei ao seu lado devagar...
- Você tá bem, Anna?
- Você quer me matar de susto ou o que? – ela disse dando um pulo – e por um acaso eu pareço bem?!? – continuou rispidamente.
Olhei pra ela e antes que pudesse pensar em qualquer resposta, sua expressão mudou de rispida para frágil novamente.
- Me desculpe – ela sussurrou com os olhos cheios d’água.
- Não tem problema... vem cá, vem, maninha – eu disse baixinho enquanto a abraçava – tudo vai ficar bem no final, confie nele.
- Eu confio, mas tá se tornando cada vez mais difícil ficar longe dele – ela choramingou deitando no meu colo – e agora, ele ainda sumiu da internet.
- Bele, já pensou que isso também está sendo difícil pra  ele? Já pensou que ele tenha se afastado pra tentar tornar isso mais  fácil pra vocês dois?
- Olha, se essa era a ideia dele, pode entrar como mais uma da lista de ideias idiotas que ele teve esses anos todos – ela respondeu rindo, isso me pegou de surpresa e eu fiquei com cara de  “hã?” e depois ri junto.
Era verdade, por mais que gostasse do meu futuro cunhado, ele vivia tendo ideias bestas. Resolvi aproveitar o bom humor dela para dar um pequena mudada no assunto.
- Annabele, você percebeu os olhares do Mark pra Jullie e vice-versa essa última semana?
- Eu pensei que fosse coisa da minha cabeça!! – ela exclamou já se sentando novamente, mas dessa vez, virada pra mim.
- Sei lá, tô reparando nisso desde aquele dia lá no pátio – disse rindo.
- Essa história vai dar um rolo... – ela disse rindo também.
- Acha que ele tem chance?
- Não sei, sinceramente, não sei.
Rimos mais um pouco do Mark e levantamos, indo cada uma para seu respectivo quarto.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Amor Proibido - personagens

Andrian: uma menina de 19 anos, cabelos loiros até o meio das costas, mas que estavam constantemente presos em tranças ou um cabo de cavalo alto. Tinha um corpo muito bem treinado e definido, graças à seu treinamento diário na academia de Karatê que ela comandava desde o ano passado. Não se dava nada bem com as meninas em geral, já que tinha sido criada somente com meninos. Seu jeito agressivo e fechado fazia com que ela fosse odiada por todas as meninas da faculdade, principalmente por ser a única menina no meio dos meninos do Skulls, era chamada por elas de “puta dos lutadores”.
 Ben (Benjamin): irmão mais velho de Andrian, era o mestre da academia e chefe dos Skulls, posto que também deixou para sua irmã após morrer num acidente de carro no verão passado. Costumava ser o porto seguro de Andrian nos momentos de crise.
Bruce: tinha 22 anos e era o melhor amigo de Ben desde criança, e agora, o maior apoio de Andrian. Era um homem lindo, olhos cor de mel, cabelo castanho cortados curtos. Seu corpo era tão bem treinados quanto o  de Andrian, e sua pele era dourada pelo sol. Ele dirigia o carro quando Ben morreu e ainda de sente muito culpado, a forma que encontrou para amenizar sua culpa foi ajudar Andrian a comandar a academia e  os Skulls.
Skulls: grupo formado por cinco meninos: Bruce, Adam, Omar, Chris e Leo e uma única menina: Andrian, que tinha assumido o controle desde que eles perderam seu líder: Benjamin. Eram os melhores lutadores da academia de Ben. Não criavam laços com ninguém que não fosse do grupo, o que os faziam ser mal vistos na faculdade, muitas vezes comparados a Skin Heads. Ben tinha um motivo muito forte para, por meio de uma carta deixada com Bruce, colocar o controle nas mãos de Andrian, além dela ser a pessoa que ele mais confiava no mundo, era a melhor lutadora que o grupo tinha e já havia vencido todos os meninos inúmeras vezes.
Adam: tinha 21 anos, o que fazia dele o mais velho depois de Bruce e Ben, como ele sabia que Bruce não assumiria o posto de Ben, esperava assumir o controle dos Skulls. Apesar de não concordar com a escolha, respeitava a decisão de seu mestre.
Omar: irmão gêmeo de Adam, não tinha nenhuma vontade de se tornar mestre do grupo, era um menino calma e atento a tudo que acontecia a sua volta. Quando estava lutando, demonstrava uma força muito maior do que esperaria de um menino como ele. Era alto, seu corpo era definido, mas não muito musculoso, tinha o cabelo negro e os olhos também, porém os últimos tinham um brilho encantador, Andrian costumava falar que era apenas por isso que ela conseguia distinguir os dois irmãos.
Chris: era apenas um ano mais velho que Andrian, os dois realmente não se davam bem, viviam brigando e provocando-se mutuamente. Não era tão mais alto que ela e era muito forte, porém sempre era vencido por seu jeito explosivo e impulsivo que tornava-o muito previsível nas lutas. Sempre que Ben e Bruce queriam irritar Andrian, usavam Chris para isto, falando que os dois acabariam juntos.
Leo: era o único dos meninos que era mais novo que Andrian, tinha acabado de fazer 18 anos e estava no segundo período de História na mesma turma de sua nova mestra que costumava o chamar de “menino prodígio” por sua inteligência aguçada que tinha feito com que conseguisse entrar para a faculdade aos 17 anos, ou então, o chamava de “chaveirinho”, pois, além de ser o único dos meninos que era mais novo que ela, também era alguns centímetros mais baixo. A verdade era que Andrian tinha um grande carinho por ele,o que fazia com que ela fosse muito mais severa nos treinamentos com ele do que com qualquer um dos outros meninos.
Zohar: tinha 18 e era a menina mais popular da faculdade, todos os meninos desejavam-na, exceto os Skulls. Era magra e loira, era linda e mesmo assim, morria de  inveja de  Andrian. O único menino que realmente desejava era Leo e não suportava vê-lo todos os dias grudado em Andrian. Também odiava o fato de Andrian ser a única menina de toda a faculdade que não dividia  o quarto com ninguém.
Emma: colega de quarto e melhor amiga de Zohar, era louca por Bruce e odiava a proximidade dele com Andrian. Fazia jornalismo e estava no segundo período, assim como Zohar e Andrian.
Thayla: menina doce que acabou de passar para a faculdade e cursaria engenharia ambiental. Vinha de uma cidade pequena do interior e tinha sido uma grande conquista passar para aquela faculdade.Quando sua carta de admissão chegou, as aulas daquele período já haviam começado e ela estava tão feliz que nem ao menos se incomodou com o fato de iria dividir o quarto com a menina mais odiada e perversa da escola, pelo menos, era isso que sua prima, Zohar, tinha dito à ela.
Instituto Farkash de Educação Superior: faculdade mais tradicional e conceituada do estado  ou até do país. Somente os melhores alunos eram aceitos e tinham todas as suas despesas pagas pela instituição pelo período que durassem seus cursos. Tinh muito orgulho dos títulos conquistados pela academia de Benjamin. Seu campus ficava numa área deserta do estado, cercada por uma floresta calma e linda, a poucos metros dele havia uma cidade pacífica e conservadora.
Academia de Ben: apesar de ser ligada a Farkash, ficava do lado de fora do campus da mesma, na estrada que dava para a cidade. Treinava os alunos da faculdade que competiam nos torneios e também crianças e adolescente da cidadezinha. Seus melhores lutadores nos torneios e instrutores das turmas mais novas eram os Skulls. Agora, seu controle estava nas mãos de Andrian e Bruce, apesar da primeira quase sempre tomar a decisão final.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Save me - Hanson

domingo, 19 de dezembro de 2010

Lara Fabian - Love by grace

sábado, 18 de dezembro de 2010

Missing cap 6

 Bryan


Cheguei tarde em casa, depois de um longo dia no trabalho. Eu me sentia tão exausto, tão esgotado, era como se  todas as minhas forças ainda estivessem naquela cidade, com ela. Cada dia, cada minuto que passava longe dela me deixava mais fraco e fazia com que o desejo de tê-la aumentasse, era como uma droga e eu estava completamente viciado.
Falei rapidamente com meu tio e meu primo que estavam na sala, passei no quarto da minha tia e avisei-a que havia chegado. Ela perguntou se eu estava bem, dei um sorriso torto e balancei a cabeça para os lados. Eu podia mentir para qualquer um, menos para ela. Ela era como uma mãe para mim, me conhecia bom demais para ser enganada, além de não merecer isso.
- Vá tomar um banho, querido, conversamos depois – ela disse com uma voz doce. Dei outro sorriso torto e fui para o meu quarto.
Entrei e fechei a porta, coloquei minha pasta na cama. Comecei a abrir lentamente os botões da minha camisa, deixando meu peito à mostra, eu devia ser a única pessoa que conseguia morar numa cidade praiana e mesmo assim continuar extremamente branco. Dei uma risada, esse era geralmente o tipo de coisa que Annabele me dizia toda vez que conversavamos por video. Segui para o banheiro, entrei no box e deixei que a água morna do chuveiro caísse sobre o meu corpo nu. Fiquei um bom tempo lá parado, sentindo o calor da água fazer meu corpo relaxar até que finalmente desliguei o chuveiro e sai enrolado na toalha. Me troquei e voltei para o quarto. Liguei o computador e lá estava a foto dela, da minha droga, toquei levemente a tela do computador, desejando poder tocá-la de verdade naquele momento, inconsientemente, parei meus dedos em sua boca...
- Bryan? Posso entrar? – minha tia perguntou baixinho parada na soleira da porta.
- Claro, tia – respondi girando a cadeira na direção da porta.
Ela entrou e se sentou na cama, fazendo sinal para que me senta-se junto dela.
- O que há de errado com você, Bryan? Vive com um olhar triste, perdido, como se faltasse algo... – ela disse, logo depois que me sentei e continuou – quando estamos na rua, olha para todas as meninas como se procurasse algo, ou melhor, alguém nelas. É  por causa da Annabele?
Não consegui responder, as lágrimas começaram a escorrer sem controle pela minha face, me senti como uma criança assustada que acaba de acordar de um pesadelo, a única diferença era que pra mim o pesadelo era justamente a realidade. Ela me abraçou suavemente e me deitou em seu colo, nesse instante lembrei das tardes na varanda da Annabele quando ela fazia exatamente igual ao ver que estava triste, isso vez com que mais lágrimas saíssem dos meus olhos.
- Eu sinto tanta falta dela, tia – comecei a responder entre soluços – parece que falta uma parte de mim e doí tanto, parece que estou morrendo.
- Cada dia me sinto mais fraco, sinto falta do sorriso dela, do jeito de falar, de me abraçar – continuei falando enquanto ela acariciava meus cabelos negros.
- Tudo vai ficar bem, meu querido – ela sussurou docemente – mas você precisa ser forte, por você e por ela.
- Eu tento, mas é tão difícil não tê-la aqui, não poder abraçá-la, protege-la – as lágrimas continuavam a molhar o meu rosto branco – eu posso procurar, posso ficar com tantas meninas quanto possível, mas nenhuma consegue suprir essa falta, porque, no fim do dia, quando eu tô sozinho nesse quarto, é nela que eu penso, é ela que eu desejo que estivesse nessa cama comigo, nos meus braços.
Ficamos mais um bom tempo ali, ela passando as mãos pelos meus cabelos e as lágrimas aos poucos foram secando. Meu primo bateu na porta, avisando que o jantar estava pronto. Levantei e fiquei novamente sentado na cama, minha tia se levantou, encostou levemente os lábios em minha testa e me mandou ir lavar o rosto, virou e seguiu para a cozinha, meu primo seguiu-a. Permaneci mais alguns minutos sentado, pensando em Annabele e então finalmente reuni forças para levantar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Guardião II


Eu a deixei a salvo e agora estou aqui, sozinho
Eu não devia sentir isso por ela
Sou seu guardião
E os guardiões não estão autorizados a sentir isto
Ainda mais por alguém como ela.

Quando aceitei cuidar daquela criança
Sabia muito bem o que ela era…
A filha das sombras que foi resgatada, mas…
Não  sabia a mulher que ela se tornaria…
Nem o que despertaria em mim…

Quero vê-la agora, mas não posso…
Ela, de algum modo que eu não sei qual, entende o sistema…
Ela sabe que eu só apareceria se ela corresse perigo,
Suspeitaria.

Isso é algo que me encanta
Ela é tão esperta, inteligente…
Seu sorriso quase sempre ausente…
E principalmente, o jeito de me abraçar…
O jeito que ela me confia sua vida, e mais, sua alma

Não posso deixar que ninguém saiba
Não posso deixar que tirem-na de mim
Não posso abandoná-la.
Não vou deixar nada acontecer à ela. Nunca.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Carta


É tão difícil traduzir em palavras tudo o que estou sentindo agora. Parece que com o tempo, ao invés de eu me acostumar com a sua ausência, tem se tornado cada vez mais complicado conviver com ela. Uma parte de mim se perdeu quando você foi embora. E sabe o que é o pior? O pior é não saber se você sente o mesmo. Você não tem ideia da quantidade de vezes que desejei que você estivesse aqui nessa cama comigo? Sentir seu corpo bem pertinho do meu, sentir seu calor e seu cheiro... Sentir sua mão me puxando pela cintura, me fazendo chegar mais perto, enquanto a outra me faz cafuné... ficar assim, ouvindo você cantando baixinho no meu ouvido até eu pegar no sono, leve, segura...

Minhas lágrimas, muito mais constantes do que eu gostaria, descem pela minha face por qualquer motivo idiota, isso me irrita. Principalmente, porque eu sei que não é por nenhum motivo idiota que eu choro, ou talvez, até seja. Todas as minhas lágrimas, independentemente da situação, caem por sua causa, exclusivamente por isso.

Toda vez que vejo um casal jovem na rua, rindo, se abraçando, se beijando, felizes, sinto um nó se formar em minha garganta e as lágrimas embaçarem minha visão e eu as forço a voltar, de volta ao meu coração, pois não quero chorar ali no meio de todos, não quero demonstrar minha fraqueza pra mais ninguém, e, principalmente, porque não quero responder as perguntas dos meus amigos ou da minha família. Mas a noite, quando não tem mais ninguém para me ver chorar, quando você não está aqui comigo e o silêncio prenche cada pedacinho do meu quarto, deixo que minhas lágrimas saiam do meu coração e lavem o meu rosto.

Toda vez que vejo uma mulher grávida, levo minha mão inconcientemente à minha barriga, desejando ter uma criança ali, um pedacinho seu, um fruto desse amor tão forte quanto complicado. Se vejo um pai com uma criança no colo, logo penso em como você ficaria lindo e feliz carregando um filho nosso no colo, como essa criança seria linda, teria o seu jeito de sorrir, seus olhos...

Às vezes, tenho vontade de te ligar no meio da noite só pra dizer que eu te amo cada vez mais, porém tenho medo, medo que você não esteja sozinho na sua cama como eu, medo de descobri que você está com outra. Não sei se suportaria algo assim... prefiro fechar os olhos e dormir com a ilusão que voce também está sozinho num quarto escuro desejando que eu estivesse aí com você, que meu corpo estivesse bem pertinho do seu, que você sentisse o meu perfume...

Imaginária - Infinito

domingo, 12 de dezembro de 2010

Missing cap 5

 Annabele


- Como você é abusado, hein, seu Mark?! – disse, tentando parecer zangada, o que, com ele, era impossível.
- Que?! Eu não fiz nada... – deu uma pausa me olhando realmente confuso antes de completar a frase - ... dessa vez...
- Você é um lesado mesmo! – falei rindo.
- Dá pra alguém me explicar o que tá acontecendo?!?!
- Essa xuxinha é minha, Mark.
- Ah, fala sério!! Deixa de ser criança!! Tá parecendo a Grazielle!
Era tão bom, e fácil, irritar o meu irmão. Ver suas bochechas brancas ficarem cada vez mais vermelhas, seus olhos castanhos com aquele brilho estranho, aquele poder.
- Ela tá só querendo te irritar, de novo! E conseguiu... – Jullie disse entre uma risada e outra, enquanto eu não conseguia parar de rir. A verdade é que ela também adorava vê-lo irritado daquele jeito.
- Você é uma peste, Annabele! – ele disse, sorrindo novamente.
- Eu tenho que arrumar alegria de alguma forma – sorri para ele. Levantei e passei os braços ao redor de seu pescoço, ele, por sua vez, passou as mãos pela minha cintura e me abraçou extremamente forte. De repente, meus pés deixaram o chão e ele me girou.
- Eu te amo, maninha – ele disse quando me colocou no chão.
- Também te amo – respondi dando-lhe um beijo no rosto.
- Nossa, quanto amor fraterno, hein?! – minha irmã mais velha, Grazielle, disse parada do nosso lado e irônica como sempre.
Não tinha notado sua presença, por mais que isso parecesse impossível. Sua beleza atraia olhares de  todos, independente do sexo. Era alta e magra, sua pele era branca como marfim e suave como rosas. Seu rosto era perfeito, nariz fino, lábios levemente rosados, olhos verdes grandes e com um brilho que os meus já  haviam perdido a muito tempo. Seus cabelos eram ainda mais claros que os de Mark e encaracolados, formavam uma moldura linda para aquele rosto tão perfeito.
- Tem um pouquinho pra você também, maninha – Mark disse abraçando-a. Ela, como era de se esperar, afastou-o com as mãos, rindo. Ela com certeza não tinha ouvido a menção de Mark ao seu comportamento egoísta e infantil de sempre.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Almas indecisas...


Almas indecisas...
Almas ansiosas, trêmulas, inquietas,
Fugitivas abelhas delicadas
Das colméias de luz das alvoradas,
Almas de melancólicos poetas.

Que dor fatal e que emoções secretas
vos tornam sempre assim desconsoladas,
Na pungência de todas as espadas,
Na dolência de todos os ascetas?!

Nessa esfera em que andais, sempre indecisa,
Que tormento cruel vos nirvaniza,
Que agonias titânicas são estas?!

Por que não vindes, Almas imprevistas,
Para a missão das límpidas Conquistas
E das augustas, imortais Promessas?!

(Cruz e Sousa)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Por que amamos os homens?!


Porque jamais vão nos entender, e mesmo assim continuam tentando.

Porque conseguem ainda ver nossa beleza, mesmo quando nós mesmos já somos incapazes de acreditar nisso.

Porque entendem equações, política, matemática, economia, e desconhecem o coração feminino.

Porque são amantes que só descansam quando nós temos (ou fingimos) prazer.

Porque conseguiram elevar o esporte a algo próximo a uma religião.

Porque jamais tem medo do escuro.

Porque insistem em consertar coisas que estão além de suas habilidades, e se dedicam a isso com o mesmo entusiasmo de um adolescente, e se desesperam quando não conseguem.

Porque jamais ficam comentando o que o vizinho pode pensar.

Porque sabemos sempre o que estão pensando, e quando abrem a boca dizem exatamente o que imaginávamos. 

Porque jamais sonharam em se torturar com saltos altos.

Porque adoram explorar nosso corpo. 

Porque uma garota de 14 anos pode deixá-los em silêncio, e uma mulher de 25 consegue domá-los sem muito esforço.

Porque são sempre atraídos por extremos: opulentos ou ascéticos, guerreiros ou monges, artistas ou generais.

Porque fazem o possível e o impossível para tentar esconder suas fragilidades.

Porque o maior medo de um homem é não ser um homem – o que jamais passa pela cabeça de uma mulher (não ser uma mulher).

Porque sempre terminam a comida que está no prato, e não sentem culpa por causa disso.

Porque acham uma graça imensa em temas completamente desinteressantes, como o que aconteceu no trabalho, ou marcas de carros.

Porque são dotados de ombros onde conseguimos dormir sem muito esforço.

Porque estão em paz com seus corpos, exceto pequenas e insignificantes preocupações a respeito de calvície e obesidade. 

Porque tem uma coragem impressionante diante de insetos.

Porque jamais mentem sobre a idade que têm. 

Porque apesar de tudo que tentam demonstrar, não conseguem viver sem uma mulher.

Porque quando dizemos a um deles “eu te amo”, sempre pedem para que a gente explique exatamente como.


fonte: Blog do Paulo Coelho